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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Chocolate amargo reduz risco de ataques cardíacos

Chocolate amargo reduz risco de ataques cardíacos, diz estudo

Chocolate amargo Chocolate amargo tem mais cacau do que o chocolate ao leite
Uma pesquisa americana afirma que mulheres mais velhas que comem chocolate amargo uma ou duas vezes por semana podem reduzir o risco de doenças cardíacas.
De acordo com o estudo, mulheres que comem chocolate amargo até duas vezes por semana reduzem o risco de doenças cardíacas em até 33%. No entanto, as que comem todos os dias não se beneficiam.
A pesquisa foi publicada em uma revista científica da Sociedade Americana do Coração. Os cientistas analisaram dados de cerca de 32 mil mulheres entre 48 e 83 anos ao longo de nove anos.
O estudo indica que o consumo de até duas porções de 19 a 30 gramas de chocolate amargo por semana reduz em até 32% o risco de doenças do coração.
Quando o consumo aumentou para até três porções, o índice caiu para 26%. O índice de redução de risco era nulo nas mulheres que consumiam chocolate amargo todos os dias.
Açúcar e gordura
A pesquisa ressalta que comer muito chocolate não é saudável, por causa do alto índice de açúcar e gordura, que fazem com que as pessoas ganhem peso.
No entanto, o chocolate contém altos índices de flavonóides, uma substância que diminui a pressão sanguínea e protege contra doenças do coração.
Os pesquisadores afirmam que o novo estudo é um dos primeiros a identificar alguns dos benefícios à saúde do chocolate amargo no longo prazo.
"Não se pode ignorar que o chocolate é relativamente intenso em calorias e que grandes porções consumidas habitualmente aumentarão o risco de ganho de peso", afirma Murray Mittelman, um dos autores do estudo, da Beth Israel Deaconess Medical Center, de Boston.
"Mas se você vai se dar um agrado, chocolate amargo é provavelmente uma boa opção, desde que consumido com moderação."
A diferença na qualidade do chocolate também afeta o benefício que o produto traz à saúde. Quanto mais cacau, maior o benefício.
Chocolate amargo pode conter até 75% de cacau, enquanto chocolate ao leite em geral possui até 25%.
Para a nutricionista Victoria Taylor, da Fundação Britânica do Coração, o estudo mostra a importância de se achar o equilíbrio correto na alimentação.
"Antes de se jogar nos doces, é preciso lembrar que enquanto alguns antioxidantes do chocolate são bons para o coração, os mesmos antioxidantes também estão presentes em frutas e vegetais – comidas que não têm gordura saturada ou alta caloria como o chocolate", disse ela.

Mamão, um tesouro ao seu alcance

Mamão, um tesouro ao seu alcance

O mamão (Carica papaya), originário da América Tropical, é uma das melhores frutas do mundo, tanto pelo seu valor nutritivo, como pelo poder medicinal.

Cada parte desta planta é preciosa, a começar pelo tronco! De sua parte  interna, retira-se uma polpa que - depois de ralada e seca - semelha-se ao coco ralado. É rica em propriedades nutritivas e aproveitada em alguns lugares no preparo de deliciosas rapaduras.

O cozimento das raízes dá um tônico para os nervos, e é também remédio para  as hemorragias renais.

As folhas do mamoeiro, após secas à sombra, têm aplicação no preparo de agradável chá digestivo que pode ser dado livremente às crianças, pois não contém cafeína.

O suco leitoso extraído das folhas é o vermífugo mais enérgico que se conhece. Usa-se diluído em água. Ainda é digestivo e cura feridas. Em  diversos lugares, a medicina popular o utiliza para tratar eczemas, verrugas e úlceras.

Os índios preparam a carne envolvendo-a com folhas de mamoeiro por algumas horas antes de levá-la ao fogo. Este processo amacia a carne.
Com as flores do mamoeiro macho prepara-se um maravilhoso xarope que combate a rouquidão, tosse, bronquite, gripe e indisposições gástricas causadas por
resfriados.
(Coloca-se um punhado de flores com um pouco de mel em vasilha resistente ao calor, mas que não seja de alumínio. Acrescenta-se um copo de água fervendo,
tapando-se bem. Depois de esfriar, toma-se às colheradas, de hora em hora.)
Com o fruto verde faz-se um doce maravilhoso. Pode-se também prepará-lo  ensopado ou ao molho branco. É uma iguaria!
O mamão maduro: é altamente digestivo (cada grama de papaína - fermento solúvel contido no fruto digere 200g de proteína); tem mais vitamina C que a laranja e o limão; contribui para o equilíbrio ácido-alcalino do organismo; é diurético, emoliente, laxante e refrescante; cura prisão de ventre crônica; comido em jejum, pela manhã, faz bem ao estômago; é eficaz contra a  diabete, asma e icterícia; bom depurativo do sangue; não pode faltar na alimentação
da criança, pois favorece o seu crescimento.

Depois de comer o mamão, esfrega-se a parte interna da casca sobre a  pele para tirar manchas, suavizar a pele áspera e eliminar rugas.
Mastigar de 10 a 15 sementes frescas elimina vermes intestinais, regenera o fígado e limpa o estômago. Comidas em quantidade, são eficazes contra câncer e tuberculose.
Faltava dizer que qualquer uso que se faça de qualquer parte desta planta, traz consigo uma ação vermífuga poderosa, o que bastaria para destacar sua importância.
Melhor que consumir frutos do supermercado (colhidos verdes e amadurecidos à força no carbureto), é colhê-los já maduros no pé, no próprio quintal pois além disso serão livres de agrotóxicos.

Num espaço bem apertado cabem vários mamoeiros. Eles gostam de terra boa, bem adubada. Por exemplo, com lixo de cozinha ou com uma "Boca da Terra".

O consumo do mamão é recomendado pelos nutricionistas por se constituir em  um alimento rico em licopeno (média de 3,39 mg em 100 gr), vitamina C e minerais importantes para o organismo.

Quanto mais maduro, maior a concentração desses nutrientes.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O impacto do estresse na fibromialgia

O impacto do estresse na fibromialgia
Estresse


Considera-se como estresse uma resposta temporária a uma situação de emergência, ou seja, a repercussão mental e física de situações que causam angústia, irritabilidade ou excitação. O estresse faz parte da vida, na medida em que está envolvido em seus diversos aspectos, tanto positivos como negativos, ou seja, desde ganhos, mudanças de ambiente, festas, disputas e encontros, até perdas, rotina com sobrecarga de trabalho e frustrações.

Após um estresse positivo, o indivíduo experimenta uma sensação de relaxamento, no entanto, após um estresse negativo o que surge é uma situação de alerta prolongado com diversas conseqüências negativas para o organismo.

Efeitos do estresse crônico sobre o organismo

Quando se está estressado, o aumento da tensão muscular acarreta dor e exacerbação dos sintomas da fibromialgia. A queda no desempenho físico e mental é fonte de grande frustração, estabelecendo-se, assim, um círculo vicioso que engloba a dor, a limitação física e aspectos emocionais, no qual cada um desses aspectos tende a agravar os demais.

Deve-se, antes de mais nada, reconhecer os sinais de estresse no próprio organismo, identificar as suas causas e tentar resolver o que for possível, aceitando o que não for possível de ser modificado. Com a tendência atual de se atribuir tudo a uma doença, nem sempre é fácil reconhecer as manifestações do estresse.

Identificando situações estressantes

Na tentativa de se tentar determinar as situações mais estressantes o indivíduo deve elaborar um diário no qual conste o horário, tipo de atividade e as conseqüências físicas e emocionais a ela relacionadas.

O reconhecimento do estresse e suas conseqüências para o organismo

Dentre os efeitos deletérios do estresse sobre o organismo destacam-se:

- Freqüentes dores de cabeça.

- O indivíduo sente um aumento na tensão e dor na musculatura dos ombros e pescoço
- Muitas vezes tende a cerrar os dentes com força enquanto dorme (bruxismo)

- Distúrbios da digestão.

- Queixas digestivas e perda do apetite podem surgir
- Outras manifestações são gastrite, úlcera e diarréia

- Manifestações emocionais

- Ansiedade, tristeza, nervosismo, depressão, fadiga mental
- Irritabilidade e incapacidade para relaxar
- Dificuldade para tomar decisões e esquecimentos freqüentes
- Dor no peito, boca seca, palpitações, mãos frias e tremores
- Elevação da pressão arterial e outras conseqüências cardiovasculares

- Distúrbio do sono.

- A maior parte dos pacientes acorda com a sensação de não ter dormido à noite
- Em alguns casos ocorre a insônia, em outros a sonolência excessiva
- O fato de dormir mal à noite acarreta sonolência diurna
- O sono superficial acarreta decréscimo da produtividade e alteração da memória

- Outros aspectos a serem considerados.

- Aumento no uso de álcool e medicações
- Aumento no número de acidentes frutos da desatenção
- A queda da imunidade favorecendo a instalação de uma série de doenças

Como lidar com o estresse

O controle do estresse na fibromialgia melhora as manifestações de dor e dos distúrbios do sono, na medida em que diminui o tônus muscular do alerta prolongado, reduz a freqüência cardíaca, a pressão arterial e poupa o desgaste emocional, reduzindo a fadiga.

Algumas opções para desenvolver mecanismos protetores contra as situações estressantes são:

- Ter um animal de estimação
- Dedicar-se a um esporte

- Tocar um instrumento musical - Cultivar o lado espiritual e o social
- Interromper as atividades por uns trinta minutos quando se sentir angustiado e executar uma atividade prazerosa, como ouvir música ou fazer um ritual de relaxamento
- Interromper situações de potencial agressividade, antes que estas se auto-potencializem.

Como evitar o estresse

- Estabeleça metas realistas e tente cumpri-las.

Nada de se sobrecarregar ou superestimar as próprias capacidades
Inclua nas suas metas a atividade física e uma rotina saudável

- Listar as metas de acordo com a prioridade.

Deixe para amanhã o que não se necessita fazer hoje
Questione sempre a necessidade ou utilidade de suas atribuições

Considere prioritário o que lhe dá qualidade e sentido à vida

- Não perca tempo.

Evite perder muito tempo no trânsito
Tente otimizar suas atividades, não se prendendo em detalhes

- Evite sobrecarregar-se.

Antes de aceitar alguma coisa, considere o quanto de trabalho vai dar
Aprenda a dizer não sem sentir culpa

- Nutra pensamentos positivos.

Evite situações nas quais predominam aspectos negativos, angústia ou muita cobrança
Mude a forma de ver as coisas, buscando sempre um valor ou aspecto positivo
Freqüente ambientes que estão de acordo com os seus valores

Técnica de Relaxamento Progressivo

- Assuma uma posição bem confortável, procurando respirar usando só a musculatura abdominal. Feche seus olhos gentilmente.

- Começando o exercício feche sua mão esquerda como se fosse dar um soco, aperte o máximo possível, procure ficar atento para a sensação de tensão procurando memorizá-la. Agora relaxe, deixe a mão confortavelmente apoiada na superfície em que está. Respire calmo(a) e tranqüilo(a), procurando perceber a diferença entre as duas sensações, a da contração e a do relaxamento. Repita este movimento.

- Agora, dobre o pulso esquerdo para cima, elevando a palma da mão, sem movimentar o braço, sinta a contração e procure memorizar esta sensação. Relaxe, deixe a mão apoiada na superfície em que está, procurando comparar e discernir a diferença entre as duas sensações. Respire calmo(a) e tranqüilo(a), use somente a musculatura abdominal. Repita.

- Dobre o pulso para baixo tentando alcançar com os dedos o braço. Contraia o máximo possível. Sinta a contração e em seguida relaxe comparando as duas sensações. Respire tranqüilamente. Repita.

- Dobre o cotovelo, sinta a contração nesta musculatura, memorize-a. Agora, relaxe, acomode o braço confortavelmente, procure senti-la como se não conseguisse movimentar. Respire calmamente, use somente a musculatura abdominal. Repita.

- Repita os mesmos movimentos com o braço direito.

- Agora, concentre sua atenção na sua perna esquerda. Estique o seu pé o máximo possível, levando a ponta do pé o mais distante do seu corpo. Sinta a contração, memorize esta sensação. Agora, solte, relaxe. Compare as duas sensações. Respire tranqüilamente, use apenas a musculatura abdominal. Repita.

- Dobre o pé, trazendo a ponta do pé em direção ao seu corpo. Contraia mais e mais, sinta a contração. Relaxe, compare essas sensações, procure memorizar a diferença entre elas. Respire calma e tranqüilamente. Repita.

- Eleve um pouco a coxa, a perna e o pé. Contraia essa musculatura para a manter elevada, preste atenção na contração. Agora, relaxe, apóie a coxa, a perna e o pé confortavelmente na superfície. Sinta toda a sua musculatura mais e mais relaxada, dando a impressão de não poder mover. Respire pausadamente. Use somente a musculatura abdominal, Repita.

- Repita os mesmos movimentos para a perna direita.

- Agora, contraia ambos os ombros, elevando-os como se fosse encostá-los na ponta das orelhas. Contraia, mais e mais. Relaxe, deixe os ombros apoiados de maneira confortável, sinta a diferença entre a sensação da contração e a do relaxamento. Respire tranqüilamente. Repita.

- Eleve a cabeça como se fosse alcançar com o queixo o peito. Sinta a contração, procure memorizar esta sensação. Agora, solte, relaxe, deixe a cabeça apoiada de forma bem confortável. Compare as duas sensações tentando memorizar a diferença entre elas. Respire pausadamente. Repita.

- Franza a testa e os olhos. Aperte, preste atenção nesta sensação. Agora, solte, relaxe sinta o rosto pesado, os olhos fechados gentilmente.

- Memorize as duas sensações. Respire somente com a musculatura abdominal. Repita.

- Aperte os dentes, os de baixo de encontro com os de cima. Sinta a tensão, e agora compare com a do relaxamento, soltando o seu rosto mais e mais. Respire calmamente. Repita.

- Nos próximos minutos, mantenha o seu corpo todo relaxado, confortavelmente apoiado na superfície em que está, respirando tranqüilamente, use apenas a musculatura abdominal, deixando o ar entrar e sair gentilmente. Finalizando o exercício, espreguice e abra os seus olhos.

Osteoporose na infância

Osteoporose na infância

1. O que é osteoporose?
A osteoporose é a perda de massa óssea, isto é, a diminuição da densidade do osso e ocorre devido a vários fatores. Dependendo do nível desta diminuição, o osso pode ficar mais fraco e susceptível a fratura.
 
2. A criança pode ter osteoporose?
Sim, a criança pode ter osteoporose se apresentar fatores de risco para isso.
 
3. Qual a composição do osso?
O cálcio desempenha importante papel no crescimento e desenvolvimento normal dos ossos e dentes. O principal local de armazenamento do cálcio são os ossos. Além do cálcio e outros minerais, o osso contém também células formadoras e destruidoras de osso (osteoblastos e osteoclastos).
 
4. Quais são as causas de osteoporose na infância?
A osteoporose pode ser primária (quando não há uma causa evidente de perda de densidade óssea) e secundária (quando é decorrente de doenças como doenças gastrointestinais, reumáticas, renais, pulmonares, endócrinas, alergia ao leite de vaca ou intolerância à lactose, uso de certos medicamentos e imobilização prolongada). Os principais exemplos de osteoporose primária são a osteogênese imperfeita e a osteoporose juvenil idiopática. A osteogênese imperfeita tem maior incidência em certas famílias e leva a perda importante de estatura decorrente das fraturas. A osteoporose juvenil idiopática costuma surgir na pré-adolescência ou adolescência e a perda da massa óssea pode durar por 4 a 6 anos, levando a aparecimento de fraturas.
 
5. Quais são os sintomas da osteoporose?
A osteoporose é assintomática, a menos que ocorram fraturas, que são raras na infância. Queixas de dor são geralmente associadas a fraturas e raramente à forma primária da doença.
 
6. Quando suspeitar de osteoporose?
Deve-se pensar em osteoporose nas crianças com baixa ingestão de cálcio, com fraturas de repetição, com história familiar de osteoporose, com alterações nas radiografias e com fatores de risco como presença de doenças crônicas e uso de medicamentos que baixam a densidade óssea (como o corticóide).
 
7. Qual o exame que diagnostica a osteoporose?
O exame que diagnostica a osteoporose é a densitometria óssea. Este exame é indolor, de rápida execução (cerca de 20 minutos) e tem pouca exposição à irradiação. Erros de diagnóstico podem ocorrer quando a técnica não é adequada ou não se leva em conta o sexo, idade ou estatura da criança. Este exame está indicado em crianças e principalmente adolescentes com baixa ingestão de cálcio, nos casos de indivíduos com várias fraturas, em pacientes com doenças crônicas e uso de medicações que prejudicam o osso e nos indivíduos com história familiar de osteoporose ou com alterações sugestivas de perda de massa óssea já presentes na radiografia.
A radiografia nem sempre está alterada e só mostra perda de densidade óssea nos casos mais avançados.
 
8. Existe tratamento para osteoporose?
Uma vez diagnosticada a osteoporose o tratamento deve ser iniciado. As principais medidas são:
•  eliminação de fatores de risco como álcool, fumo e sedentarismo
•  exposição ao sol
•  ingestão de leite e derivados
•  uso de cálcio e vitamina D
•  eventualmente uso de outras drogas

9. Como prevenir a osteoporose?
É durante a infância e principalmente na adolescência que se previne a osteoporose da menopausa e terceira idade. Deve-se estimular a ingestão de grande quantidade de leite e derivados, evitar fatores de risco como álcool e fumo e praticar exercícios físicos. Dependendo da idade a necessidade diária de cálcio é variável.

Grupo etário 
Ingestão diária    (em mg de Cálcio)
Lactentes
Nascimento até 6 meses
6 meses a 1 ano
400
600  
Crianças
1 a 5 anos
6 a 10 anos
800
800-1200 
Adolescentes/adultos jovens
11 a 24 anos/ grávidas
1200-1500

10. Quais os alimentos ricos em cálcio?
Os principais alimentos ricos em cálcio são: leite (integral ou desnatado), derivados do leite (iogurte, queijo, sorvete), verduras (couve, brócolis e espinafre) e laranja. Alguns legumes, peixes, sementes e nozes também podem ser opções. Deve-se evitar dietas com excesso de proteínas e sal ou excesso de fibras.
As quantidades de cálcio dos diversos alimentos estão citadas na próxima tabela.

Alimentos
Quantidade em mg de cálcio
Iogurte sem fruta (1 xícara)
345
Leite desnatado (1 xícara)
302
Leite integral (1 xícara)
297
Queijo muzzarela (1 fatia)
207
Sorvete baunilha (1 xícara)
176
Espinafre cozido ( 1/2 xícara)
138

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Quando você tiver um aluno com Artrite Reumatóide Juvenil

Quando você tiver um aluno com Artrite Reumatóide Juvenil
"Um Guia para Professores"


A maioria das pessoas pensa que reumatismo – é um mal limitado às pessoas mais velhas. Saber que, por exemplo, só nos Estados Unidos há mais de 250.000 crianças, jovens e adolescentes sofrendo de artrite pode ser um choque.

Atualmente o termo artrite é usado para designar mais de 100 diferentes doenças reumáticas, com um fator comum entre todas elas: dores intensas e, algumas vezes, lesões nos tecidos em torno das juntas.

A Artrite Reumatóide Juvenil é a forma mais comum de artrite crônica que acomete crianças e adolescentes com menos de 16 anos.
Por alguma razão, o sexo feminino é o mais atingido. Embora o seu aluno com artrite possa ser um garoto, no presente trabalho, a fim de genericamente termos maior abrangência, trataremos a criança com artrite de sua classe como se fosse uma menina. Pelo mesmo motivo a trataremos como uma professora.
Os sintomas da Artrite Reumatóide Juvenil (ARJ) incluem dores e inflamação crônica nas articulações e, algumas vezes, febre e erupções. Ela pode atacar uma ou mais articulações, inclusive as dos dedos, pulsos, cotovelos, quadris, joelhos e pés.
A febre e a erupção que não significam possibilidade de contágio - podem ocorrer simultaneamente ou não, com ou sem o envolvimento das articulações.

Quando um de seus alunos tiver artrite, é importante você saber alguma coisa sobre essa doença e seus efeitos na criança e em suas atividades escolares.

Em virtude da gravidade e do tipo a ARJ variar enormemente de criança para criança, este folheto pretende fornecer apenas informações genéricas e uma linha de conduta padrão para ajudá-la a ajudar sua aluna.O ideal é que, antes do ano escolar começar, você (e, talvez o responsável pelo Departamento de Saúde da escola) e os pais da criança tenham um encontro com a finalidade de discutir sua saúde.

A artrite pode ocasionar problemas emocionais tanto quanto físicos e isso pode interferir na escola. Você precisa ser alertada para os tipos de problemas que poderão afetar as atitudes e a performance da criança. Durante todo o ano, você e os pais de sua aluna devem trocar informações sobre qualquer mudança no seu estado físico ou emocional. Se você tiver alguma pergunta que os pais não saibam responder, faça um contato com o médico da criança.

Normalmente, pais de crianças com artrite são extremamente conscientes da importância da escola para seus filhos e ficam ansiosos para ter contato com seus professores e outros elementos da escola, a fim de ficarem seguros de que seus jovens terão um desenvolvimento escolar e social tão normal quanto possível.

Sempre é bom lembrar que a Artrite Reumatóide Juvenil (ARJ) é absolutamente diferente do reumatismo infeccioso ou reumatismo no sangue que outras crianças podem ter.
É uma doença que não é transmitida por contato, isto é, não é infecto-contagiosa, e seu portador está liberado para piscinas ou qualquer outro ambiente com outras crianças.
Não se engane pelas aparênciasA artrite na infância pode não ser facilmente visualizada mas os problemas e as dores existem. Por causa disso, a aparência exterior de sua aluna pode não exibir nenhum sinal significativo da doença.
A ARJ pode interferir no crescimento de sua aluna - por esse motivo ela pode ser menor que as outras crianças de sua idade, às vezes ela pode ter o queixo retraído devido ao menor crescimento das mandíbulas.
Ela poderá andar com as pernas rígidas, dando passos bem curtos. Juntas inchadas são freqüentes mas somente se tornam mais preocupados quando a doença chegou a um ponto de causar deformidades, principalmente nos punhos e nos dedos.
É comum a criança não se queixar de dor mas se revelar com as articulações bastante rígidas e com incapacidade para realizar certas tarefas.
É preciso compreender, também, que a ARJ pode afetar, invisivelmente, outras partes do corpo, como o coração, olhos, fígado, etc.E como não há razões visíveis para sua aparência, pode ser difícil para certas pessoas entender que a dor é genuína e que as limitações são legítimas.
Um outro aspecto da artrite, causador de incomprensões e enganos é a constante e radical mudança de seus sintomas de um dia para o outro ou da manhã para a tarde. A dor e a rigidez de uma junta podem ser suaves num dia e, no outro, tão severas que a criança não pode ser movimentar sem muita dor e bastante dificuldade.
Não esqueça que sua aluna provavelmente está confusa sobre essa imprevisível oscilação das suas condições físicas. Poderá ser um grande erro imaginar que ela está mentindo ou fazendo corpo-mole quando se queixa de dor ou não consegue completar uma tarefa. Na verdade, muitas crianças com artrite querem exatamente ser como as outras crianças - por isso muitas vezes elas tentam ignorar sua dor e suas limitações.
Algumas crianças têm artrite de uma forma tão séria que são raros os dias em que estão bem. Nos Estados Unidos é comum essas crianças usarem cadeiras de rodas - antes, elas eram, por isso, restringidas a escolas especializadas, agora, existe uma lei federal que impede essas crianças de serem excluídas de qualquer escola por causa desta enfermidade. Antigamente, por falta de melhor orientação, crianças com artrite muitas vezes eram consideradas incapazes para acompanhamento das atividades escolares e, por isso, pouco freqüentavam as escolas.
Atualmente, com a evolução da medicina terapêutica e maior esclarecimento sobre o assunto aos pais e à sociedade em geral, recomenda-se que as crianças levem uma vida tão normal quanto possível. Por esse motivo, suas chances de ter, em sua sala, um aluno com artrite são bem maiores do que no passado e há tendência dessas chances aumentarem a cada ano.
O TratamentoEm virtude da artrite na infância não ser a mesma coisa em todas as crianças, não existe um modelo padrão de tratamento.
O programa do tratamento da sua aluna será individualizado de acordo com as juntas afetadas, com o grau de severidade da doença e de acordo com sua idade.
Mais comumente, esse tratamento incluirá remédios, um balanceado programa diário de descanso e exercícios físicos específicos, terapia com calor úmido (compressas e hidroterapia), splints (talas especiais) para proteção de determinadas juntas que estejam muito atingidas, para evitar deformações, e, possivelmente, cirurgia em alguns casos.
É fundamental, também, que sua aluna tenha um suporte de apoio emocional dos pais, de outros membros da família, às vezes de um psicólogo profissional e, especialmente, de ... VOCÊ.
O grande problema é que as causas e a cura da artrite são ainda desconhecidas - por isso, a finalidade do tratamento é manter a doença sob controle: aliviar as dores, reduzir todos os sintomas e prevenir maiores conseqüências da doença.
FisioterapiaO médico ou o fisioterapeuta de sua aluna certamente ensinaram aos pais como fazer os exercícios físicos para as articulações da criança. Esses exercícios ajudam-na a manter as juntas com ampla mobilidade, melhoram suas atividades funcionais e minimizam deformidades e incapacidades permanentes. Embora esses exercícios sejam normalmente feitos em casa durante a manhã e no final da tarde é possível que sua aluna precise fazer alguns exercícios durante o período em que estiver na escola - nesse caso, certamente os pais entrarão em contato com você para falar sobre isso.
Embora você, a professora, não seja responsável pela supervisão dessa fisioterapia, é importante você estar consciente de seus efeitos potenciais no estudante. Como já foi mencionado, a rigidez das articulações muda de um dia para o outro. Normalmente o maior desconforto é sentido quando a criança acorda, ao se levantar de manhã. Dessa forma, para poder dar tempo de aliviar as dores e diminuir a rigidez, provavelmente sua aluna começa o dia uma ou duas horas mais cedo do que suas companheiras de classe. Assim que ela levantar provavelmente, uns dez ou quinze minutos de banho bem quente (se possível, em banheira, com turbilhão, um compressor de ar para hidromassageá-la) serão seguidos de um tempo para flexionar as juntas muito afetadas, com exercícios especiais.
O tempo necessário para essa terapia varia, dependendo da rigidez e das dores existentes naquela manhã. Podem ser 30 minutos num dia e levar uma hora no outro. O tempo que leva para melhorar a rigidez matinal é um bom indicador do grau de gravidade da doença. Quanto maior for esse tempo, mais ativa estará a doença; e assim haverá maior necessidade de descanso.
Particularmente nos piores dias, quando há uma crise aguda da doença, ou quando há uma consulta marcada com seu médico, ela pode chegar atrasada na escola ou mesmo faltar à aula. É importante que se entenda que esse atraso ou mesmo essa ausência é absolutamente necessária.
Talvez a mais importante fisioterapia para a criança com artrite reumatóide seja a natação. Por causa disso sua aluna talvez gaste uma boa parte de seu dia para ir até uma piscina nadar; este tempo será maior ou menor dependendo de suas condições de moradia e familiares.
E atenção: crianças com artrite são muito sensíveis quanto à repercussão de seus atrasos, faltas ou qualquer outra coisa que chame atenção sobre si por parte de seus coleguinhas. Entendendo esse aspecto e evitando que isso aconteça você estará lhe poupando um grande problema.
MedicaçãoA pedra fundamental do tratamento de sua aluna é a medicação, os remédios.
Eles são utilizados para suprimir e controlar as dores e a inflamação das juntas. Da mesma maneira que muitas outras formas de artrite, a droga mais comumente prescrita é a aspirina, exatamente a mesma aspirina que qualquer pessoa usa para resfriado e simples dores de cabeça. Porém, na artrite, ele é tomada em altíssimas doses porque o objetivo é suprimir a inflamação, controlando as dores e a inchação das juntas.
Para conseguir isso, um nível elevado de aspirina no sangue deve ser mantido o tempo todo - e isso significa que a aspirina (ou o AAS, ácido acetil salicílico) dever ser metódica e freqüentemente tomado, de acordo com um rígido programa estabelecido pelo médico.
Esse programa da medicação pode incluir remédios para serem tomados durante as horas em que a criança estiver na escola - muitas vezes em horários determinados e acompanhados de algum lanche, para prevenir complicações gástricas.
Os pais de sua aluna deverão dar a você caso necessário, uma programação da medicação a tomar na escola.
Existem outras medicações importantes que, se for o caso, poderão ser tema de uma conversa entre você e os pais de sua aluna.
Além disso, há outros assuntos também importantes que devem merecer sua atenção:

Tem idade e responsabilidade suficiente para tomar o   remédio sem supervisão direta?

Os pais aprovam isso?

A escola permite isso? - ou a medicação deve ficar em   poder ou com uma enfermidade ou com algum outro   elemento da escola?
Sua aluna bem poderá, por exemplo, ter que tomar algum comprimido duas vezes durante o horário escolar; isso deverá ser feito rotineiramente, sem necessidade de uma ida até sua casa ou outro local fora da escola.
Gostaríamos de chamar-lhe a atenção para isso, já que tomar essa medicação, sem faltas e na hora correta pode ser crítico para o bem estar de sua aluna.
Certifique-se junto aos pais de que as responsabilidades sejam bem definidas e de que todas as providências e necessidades estejam bem claras e entendidas por todas, inclusive para a menina.
Algumas crianças podem se sentir constrangidas em tomar medicação em frente de suas coleguinhas, porque isso chama atenção para sua condição. Por causa disso, as crianças menores podem encobrir essa necessidade, esquecê-la ou jogar os comprimidos fora.
Uma sutil e discreta supervisão, feita por você, pode ser necessária, a fim de permitir que sua aluna tome a medicação exigida no momento certo.
Existem outros tipos de remédios que, de acordo com a gravidade da doença e com as reações da paciente, podem ser usados, alguns deles potencialmente perigosos - seu uso, portanto, exigirá cuidados acurados. Um deles, por exemplo é a cortisona, o que, entre outros efeitos ou riscos, torna sua aluna, dependendo da dose tomada, imunodeficiente.
Em outras palavras, certas doenças, que para as outras crianças apresentam quase nenhum risco, para ela serão altamente perigosas: a varicela (catapora), a rubéola, uma pneumonia, ou até mesmo uma gripe muito forte encontrarão a criança sem defesa alguma no organismo.
Você prestará uma ajuda incomensurável para evitar contato de sua aluna com artrite com crianças com qualquer outra doença infecto-contagiosa.

Splints
Splints, em inglês, significa órtese ou tala (como as talas para fraturas). Sua aluna pode, algumas vezes, necessitar usar splints, particularmente nos braços, punhos e mãos.
Além de ajudar a reduzir a dor, splints descansam as juntas inflamadas, mantendo-as numa posição apropriada, e auxiliam a prevenir ou corrigir deformidades.
Um splint pode gerar muita curiosidade entre seus alunos e isso pode perturbar a criança com artrite.
A melhor maneira de resolver esse problema é uma exposição simples e honesta à turma.
Os problemas da enfermidade de sua aluna deverão ser aceitos como de fato o são, e nunca parecer algo cercado de mistério.

Cirurgia
Algumas crianças com artrite em alto grau de severidade necessitam de cirurgia - para aliviar dores, corrigir certas deformidades da juntas e reparar danos causados às articulações pela doença.

Atividades
Quanto e quando?
Até onde não causar (ou aumentar) dor, qualquer atividade física é uma das melhores terapias para uma criança com artrite.
Exercícios adequados ou outro qualquer tipo de atividade podem dar a ela um precioso auxílio psicológico para sentir-se como mais um membro do grupo.
Isso também ajudará a reduzir e prevenir a inflamação nas juntas. Porém nós deveremos estar atentos para que ela não exceda suas possibilidades - pois neste caso, o efeito será negativo
Para lhe agradar e ganhar aceitação por parte da turma, algumas vezes ela pode se superar e, mesmo estando com as juntas inflamadas naquele momento, praticar atividades extenuantes, o que, nesse caso, será muito ruim para sua saúde.
Quando sua aluna estiver em crise, exercícios físicos podem resultar em danos irreversíveis às articulações, de modo que seus movimentos devem ser restritos.
Os pais da criança deverão avisá-la quando uma crise ocorrer, de modo que você possa ajudar limitando suas atividades físicas na classe e no recreio.
Lembre-se que, embora não apareça externamente, a dor, por si própria, pode estar incapacitando para certas atividades. Como regra geral, juntas que doem devem ser mantidas em descanso.
Por outro lado, a exigência para sua aluna participar das atividades em classe, na educação-física e no recreio deve estar de acordo com a orientação fornecida por seus pais e por seu médico.
Os pais da criança devem discutir essa orientação com você e tudo deve ficar bem claro - inclusive para a própria criança. Ela deverá ser encorajada a dizer suas próprias limitações na escola e, principalmente, a dizer, a você quando ela não estiver se sentindo bem.

Ela continua muito capaz
Nem a doença, nem a medicação ou outra terapia utilizada na artrite reumatóide juvenil diminuem a capacidade mental da criança.
Academicamente falando, sua aluna não tem nenhum problema para manter-se no mesmo nível da turma. Todavia ela pode ser fisicamente vagarosa, ou tornar-se cansada muito rapidamente, e cumprir certas tarefas em mais tempo do que o resto da turma.
Por exemplo, se ela está incapaz de andar ou pegar e seguir certos objetivos tão rápido e facilmente quanto os outros alunos, ela pode ter problemas em uma série de atividades diárias que todos nós fazemos automaticamente e sem dificuldade alguma.Exemplos: carregar livros e lancheiras; abrir portas; andar de uma sala para outra no espaço de tempo destinado à troca de salas; subir e descer escadas; dar descargas no toaletes; abrir torneiras; escrever rápido suficientemente para completar os testes durante o tempo determinado; trocar roupas e calçados; escrever no quadro negro; levantar a mão para fazer uma pergunta ou participar de discussões de grupo; permanecer em fila por longo tempo, etc.

Você pode ajudar:

Fisicamente

Desde que ficar sentado por tempo prolongado pode causar dor e piorar a rigidez, você pode prevenir isso chamando-a periodicamente para recolher alguns papéis.
Se ela estiver com dificuldade para andar e tiver que se descolar para outra classe longe da sua, você pode permitir que ela saia antes dos outros alunos a fim de permitir-lhe chegar à outra sala em tempo.
Nas escolas com mais de um andar, deverá lhe ser autorizado usar os elevadores, a fim de que as articulações das pernas não sejam forçadas sem necessidade.
Carregar livros pode ser um problema, porque o peso ocasiona um esforço que pode ser demasiado para as articulações do braço (cotovelo, punhos e dedos).
Uma solução para isso é a aluna manter um conjunto de livros em casa e uma duplicata na escola.
Quando qualquer material escolar pesado tiver que ser carregado, a solução pode estar numa boa mochila, até o ponto em que esta não cause problema no seu ombro e na sua coluna. O importante é entendermos que temos que imaginar um meio de distribuirmos o peso a ser carregado de tal forma que lhe evite esforços demasiados nas juntas ou coluna.
Sua aluna também pode beneficiar-se de período de descanso enquanto estiver na escola - por exemplo, durante as horas de estudo obrigatório na classe, quando for o caso.
Presumivelmente sua aluna com artrite poderá ter o que se chama osteoporose - uma rarefação óssea que a torna extremamente vulnerável a fratura no caso de uma queda, mesmo que pequena. Pior ainda é que a calcificação, se houver fratura, será penosamente difícil. Você será extremamente importante na medida em que, discretamente, tome medidas para evitar quedas, empurrões na escada, etc.

Emocionalmente
A auto-imagem de estudante (isto é, como ela se sente sobre si mesma) resulta em parte de como as outras pessoas as consideram.
Em sua idade, o que ela mais deseja é ser exatamente como suas colegas - mas a criança com Artrire Reumatóide Juvenil tem tudo para sentir-se diferente ou anormal, em virtude dos efeitos da doença no seu corpo e no seu estilo de vida. Muitos dos mais graves problemas emocionais de sua aluna tem por base as atitudes, em relação a si, de você e de seus coleguinhas de classe.
Como sua professora, você pode se encontrar como andando numa corda-bamba - tentando contrabalançar as necessidades especiais da criança com as exigências de ser tratada tão normal quanto possível.
Psicologicamente não é bom para a criança com artrite que, na escola, as professoras esperem menos dele do que de suas outras coleguinhas. Por causa disso, só modifique suas exigências em relação a ela quando for para ajudá-la a mantê-la no mesmo nível das outras. Não chame atenção desnecessariamente sobre suas limitações físicas.
Inclua-a em atividades que possam ser desenvolvidas por ela, sem despertar-lhe a atenção disso. Dependendo de como você contornar esse problema, você prestará uma grande ajuda, diminuindo ou evitando seu embaraço em frente aos coleguinhas e deixando-a mais confortavelmente na classe e no pátio.
Todas as crianças seguem muito a orientação de suas professoras. A sua explicação à sala de porque "Sandra" tropeça facilmente quando anda, ou porque "Rogério" tem que usar um splint, ou ainda porque "Maria" não pode ser empurrada numa escada, será um conforto e um estímulo para a criança e para seu melhor relacionamento com a turma.
Nunca esqueça: a artrite freqüentemente é devastadora para uma família. Além dos altos custos médicos e da responsabilidade pela fisioterapia em casa, os pais de sua aluna certamente enfrentam o medo de sua criança ficar inválida para o resto da vida. Você necessita estar ciente de que o stress psicológico na família de sua aluna pode causar perturbações nas atividades da criança e em seu procedimento na escola.

As Perspectivas
A Artrite Reumatóide Juvenil é um quebra-cabeças científico. Suas causas são desconhecidas e a razão de algumas pessoas terem artrite com alto grau de gravidade, enquanto outras com a mesma doença têm complicações discretas e moderadas, também é um mistério.
Todas as crianças e adolescentes com ARJ, inclusive aqueles cuja artrite é menos severa, devem ir regularmente ao oftalmologista para detectar tipo de inflamação que, se não constatada e tratada prontamente, pode causar até mesmo a cegueira.
Muitas outras complicações podem ser causadas pela artrite na infância, as quais os médicos estão sempre tentando preveni-las e controlá-las como, por exemplo, retardo no crescimento e problemas no coração, o que, se não convenientemente tratado pode conduzir ao êxito letal.
Embora a ARJ ainda não possa ser curada, um diagnóstico bem feito e um tratamento bem cuidadoso quase sempre podem controlar a doença a melhorar as perspectivas da vida de sua aluna.
Auxiliada por cuidados especializados, a maioria das crianças com artrite alcança a maioridade sem grandes danos nas juntas ou qualquer incapacidade física.
Mas não é fácil o impacto emocional da doença. Os anos de escola influenciam enormemente o desenvolvimento emocional da criança. Se ela for tratada - e se vê assim - como uma pessoa excepcional, como sendo diferente das outras, como uma criança doente, e não como uma pessoa normal, o efeito pode ser traumático e irreversível.
A perfeita compreensão do problema e seu estímulo pode fazer com que isso não aconteça. Que ela viva alegremente na escola como uma criança igual as outras com seus sonhos e suas esperanças intactas para o futuro.
Baseado em texto da Arthritis Foundation.
Crédito:
Serviço de Reumatologia Pediátrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA:

SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA:

SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA:
Se você tem fadiga incapacitante, que apareceu inesperadamente, sem causa aparente, que resultou em redução ou perda de sua capacidade ocupacional, educacional, social, ou atividades pessoais, acompanhada por outros sintomas, entre os quais dor muscular, febre baixa, dor de cabeça e mal estar após exercícios.
Pense. Você pode ter SÎNDROME DA FADIGA CRONICA!!!!!

O que é Síndrome da fadiga crônica?
A síndrome da fadiga crônica é uma doença caracterizada pela presença de fadiga inexplicável, de duração maior que 6 meses, associado a sintomas como cefaléia (dor de cabeça), dores pelo corpo, dor nas articulações, distúrbio cognitivo (memória), distúrbio do sono, promovendo incrível incapacidade física ao paciente.
Quais os seus critérios diagnósticos?
Esses critérios foram estabelecidos em 1988 pelo CDC (Center for Disease Control, Atlanta-E.U.A.) e revisados em 1994, e incluem:
Critério principal:
Fadiga intensa que persiste por mais que 6 meses
Exclusão de outras doenças clínicas

Classificar como Síndrome da fadiga crônica indivíduos na presença de fadiga intensa de início definido, não aliviada pelo repouso, que resulta em uma redução substancial dos níveis de atividade física e quando presentes quatro ou mais sintomas a seguir:
  • Memória e concentração alteradas
  • Dor de garganta recorrente
  • Linfonodos cervicais e axilares dolorosos
  • Dor muscular
  • Dor articular
  • Cefaléia
  • Sono não reparador
  • Cansaço após exercícios
Fadiga crônica idiopática é classificada quando a intensidade da fadiga ou os sintomas associados não preencherem critérios para o diagnóstico da Síndrome da fadiga crônica.
A Síndrome da fadiga crônica é comum?
A fadiga crônica é uma condição muito comum na população geral. Estudos mostram que a queixa de fadiga como sintoma está presente em 21 a 38% de indivíduos ocidentais. Já a prevalência da síndrome da fadiga crônica, baseada nos critérios diagnósticos do CDC está em torno de 0,5% da população geral.
A fadiga crônica acomete ambos sexos?
Sim, 80% dos casos acometem o sexo feminino.
A fadiga é um sintoma comum de várias doenças?
Sim. A fadiga pode aparecer em uma série de doenças, entre elas, anemia, hipotireoidismo, fibromialgia, doenças reumáticas inflamatórias (lupus sistemico, artrite reumatoide e outras), doenças cardíacas ou pulmonares (por diminuir a taxa de oxigênio), distúrbios metabólicos (déficit de potássio), miastenia gravis, doença de Lyme e doenças virais (hepatite, toxoplasmose,vírus E,B., herpes, HIV e outras).
Quais as causas da Síndrome da fadiga crônica?
As causas desta doença ainda não estão suficientemente esclarecidas, porém em alguns casos parece haver relação com quadros infecciosos, tais como infecções virais entre elas influenza, Epstein-Barr, herpes, citomegalovirus, toxoplasma e chalmydia.
Na doença de Lyme, na hepatite viral, e na AIDS a fadiga é um sintoma proeminente.
Além das causas infecciosas, outras também são implicadas, como os distúrbios do sono, alterações hormonais, e imunológicas. Acredita-se também que a fadiga seja um sintoma presente em doenças neurológicas como a esclerose múltipla, distúrbios do sono, enxaqueca, doenças vasculares e degenerativas.

E comum à fadiga crônica ser acompanhada por desordens psiquiátricas e qual a importância do exame psicológico?
Não é incomum a doença surgir em períodos em que estão presentes desordens afetivas, como ansiedade e depressão.
O exame psicológico e necessário em todos os casos. Mais de 30% dos pacientes fadigados apresentam problemas apenas na esfera psicológica. Por outro lado, a depressão pode acompanhar a síndrome da fadiga crônica desde o seu inicio ou se manifestar em decorrência da fadiga.

A Síndrome da fadiga crônica tem cura?
A Síndrome da fadiga crônica não tem cura, no entanto, se a causa da fadiga for originada de uma situação transitória, a evolução poderá ser boa.
Como a síndrome da fadiga crônica deve ser tratada?
Não existe um tratamento especifico, sendo essencial esclarecer o paciente e os familiares a respeito desta síndrome. O tratamento da fadiga depende das causas envolvidas, e se inicia no seu diagnóstico. É importante excluir causas endocrinológicas (como o hipotireodismo), doenças clínicas (como a anemia, insuficiência cardíaca, doença respiratória crônica e infecções).
A terapia farmacológica é importante. São utilizados entre outros analgésicos, antinflamatórios, antidepressivos, antivirais, magnésio, imunomoduladores e anti-histamínicos. Outras medidas como alimentação balanceada, acompanhamento psicológico (terapia cognitivo-comportamental) e exercícios aeróbicos são benéficos.

Qual é a evolução e prognóstico da Síndrome da fadiga crônica?
O prognóstico da síndrome da fadiga crônica não é muito animador, apenas 10% dos indivíduos afetados se recuperam ao longo do tempo, no entanto o diagnóstico e tratamento tendem a serem aprimorados.
Existe relação entre Síndrome da fadiga crônica e enxaqueca?
Sim. Essas duas entidades estão relacionadas. Estudos realizados por pesquisadores Brasileiros e Americanos mostraram que a queixa de fadiga foi relatada por 85% dos pacientes com enxaqueca crônica (dor de cabeça diária ou quase diária), sendo que 65% dos mesmos preencheram os critérios diagnósticos para a Síndrome da fadiga crônica. A intensidade dos sintomas de fadiga foram correlacionados com a presença de depressão e ansiedade.
As mulheres apresentaram maior intensidade dos sintomas de fadiga, e o subtipo fadiga física se correlacionou com o diagnóstico de fibromialgia.



Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ)

Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ)


1. O que é o Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ)?
O Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ) é uma doença autoimune caracterizada por uma inflamação generalizada crônica e difusa em todo o corpo. A depender do paciente, há possibilidade de acometimento de alguns ou vários órgãos e sistemas do corpo, tais como: pele, articulações, rins, sangue, coração, pulmões, sistema nervoso, sangue, vasos, entre outros. Este pode afetar qualquer órgão do corpo. Porém, as manifestações clínicas iniciais mais freqüentes do LESJ compreendem febre prolongada, falta de apetite, perda de peso, comprometimentos articular, da pele e dos rins. Caracteristicamente, o LESJ inicia sempre até os 16 anos de idade.

2. É uma doença freqüente?
O LESJ é a terceira doença mais freqüente nos nossos ambulatórios de Reumatologia Pediátrica, seguido pela febre reumática e artrite idiopática juvenil. A real incidência de LESJ é desconhecida em nosso país. Dados provenientes de países da América do Norte, Europa e Japão indicam que cerca de 0,3 a 7,0 em cada 100.000 crianças e adolescentes têm essa doença. Há um predomínio do sexo feminino, em todas as faixas etárias, sendo que após a adolescência é de 8,0 a 13 vezes mais freqüente no sexo feminino.

3. O que causa o Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ)?
A causa exata da LESJ ainda não é conhecida. Fatores desencadeantes hormonais (estrógeno), imunológicos, genéticos, infecciosos (vírus, bactérias, etc), emocionais, medicamentos (como anticonvulsivantes, hidralazina, isoniazida, etc) e ambientais (luz ultravioleta) podem estar envolvidos.
Acredita-se que um componente genético predispõe o indivíduo a responder inadequadamente e exacerbadamente aos fatores desencadeantes. Como conseqüência, o indivíduo produz anticorpos direcionados contra seus próprios tecidos (os auto-anticorpos, como anti-DNA, anticorpos anti-fosfolípides, etc), por isto esta é conhecida como uma doença autoimune. Esses autoanticorpos vão se depositando em vários órgãos e com o evoluir da doença pode haver um progressivo comprometimento da sua função.
O Lúpus não é uma doença infecto-contagiosa e os pacientes podem (e devem) freqüentar normalmente creches, escolas, clubes, danceterias e piscinas quando a doença estiver controlada.

4. Há diferenças entre o Lúpus Eritematoso Sistêmico da criança ou adolescente e do adulto?
O lúpus da criança e do adolescente, embora seja mais raro, embora seja mais raro, apresenta basicamente as mesmas características do lúpus do adulto. Do total de pacientes com Lúpus, 20% se encontram na faixa etária pediátrica (até 16 anos) enquanto 80% manifestam a doença após os 17 anos.
A principal diferença entre a doença do adulto e a juvenil se dá no comprometimento renal, mais freqüente e com formas mais graves na forma juvenil. Os critérios diagnósticos utilizados para o LESJ são os mesmos e o tratamento bastante similar ao adulto, com ênfase nas vacinações e no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e adolescente.

5. Como se diagnostica a doença?
O diagnóstico do LESJ baseia-se nos critérios estabelecidos pelo Colégio Americano de Reumatologia de 1997 (Tabela 1). Para o diagnóstico de LESJ é necessária a presença de quatro ou mais dos 11 critérios. Estes critérios podem aparecer todos ao mesmo tempo ou demorar alguns meses para o diagnóstico definitivo da doença (em média de 4 meses).
Ainda existem poucos exames laboratoriais específicos para esta doença. Nos casos de dúvida diagnóstica, a opinião e o seguimento com um especialista podem ser de grande auxílio.

Tabela 1 - Critérios para classificação do Lúpus Eritematoso Sistêmico do Colégio Americano de Reumatologia (Hochberg et al, 1997)

Critérios
1. Eritema malar
2. Eritema discóide
3. Fotossensibilidade
4. Úlcera de mucosa oral ou nasal
5. Artrite não erosiva
6. Serosites (pleurite e/ou pericardite)
7. Alterações renais (proteinúria superior a 500 mg/dia e/ou presença de cilindrúria)
8. Alterações neurológicas (convulsão e/ou psicose na ausência de distúrbios metabólicos, hipertensão arterial ou infecções)
9. Alterações hematológicas [anemia hemolítica com reticulocitose e/ou leucopenia (menos que 4.000/mm 3) e/ou linfopenia (menos que 1.500/mm 3) e/ou plaquetopenia (menos que 100.000/ mm 3), em duas ou mais ocasiões]
10. Alterações imunológicas [presença de anticorpos anti-fosfolípides (anti-
cardiolipina IgM ou IgG e/ou anti-coagulante lúpico e/ou reações sorológicas
falsamente positivas para sífilis) e/ou anticorpo anti-DNA e/ou anticorpo anti-Sm]
11. FAN positivo

6. Quais as manifestações, os órgãos e os sistemas mais acometidos no Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ)?
A característica principal do LESJ é o acometimento de múltiplos órgãos e sistemas, com várias formas de apresentação. Portanto, cada caso é único e deve ser individualizado. O início dos sintomas pode ocorrer vagarosamente ou se apresentar já nas primeiras semanas da doença com manifestações clínicas súbitas e graves, com qualquer órgão acometido. É uma doença de evolução imprevisível, possui caráter crônico com períodos de remissão e exacerbação das manifestações clínicas.
As principais manifestações clínicas iniciais do LESJ compreendem febre prolongada, redução do apetite, perda de peso, comprometimentos articular, da pele e dos rins.
A febre ocorre em ate 60% dos casos, podendo ter qualquer padrão de temperatura: alta (com temperatura acima de 39 o C) ou baixa (em torno de 38 o C), intermitente ou contínua, sendo uma manifestação inespecífica de doença sistêmica. Durante o curso do LESJ, a febre tende a aparecer nas reativações ou durante os processos infecciosos. A perda de peso pode ocorrer em até 40% dos pacientes.
Adenomegalia (gânglios ou ínguas aumentados) localizada ou generalizada ocorre em até 50% dos pacientes. Hepatomegalia (aumento do fígado) e esplenomegalia (aumento do baço) discretas a moderadas estão presentes por volta de 30 a 40% dos casos. A icterícia (olhos e pele amareladas) é um achado raro e associa-se habitualmente com a presença de anemia hemolítica.
Os comprometimentos das articulações, músculos e ossos são vistos em até 88% dos casos com LESJ. Habitualmente, os pacientes apresentam dores articulares ou artrites (dor, inchaço, calor e limitação), podendo envolver articulações dos joelhos, tornozelos, punhos, mãos, pés, entre outras. Inflamação nos músculos (miosite, com fraqueza muscular) pode ocorrer nos períodos de atividade da doença. Necrose avascular, principalmente nos ossos de sustentação (fêmur e tíbia), pode ocorrer em pacientes com LESJ, secundária à atividade da doença ou como complicação do tratamento prolongado com corticosteróide.
As lesões cutâneas (pele e mucosa) no LESJ podem se apresentar de diversas formas incluindo eritema (mancha vermelha) malar, úlceras de mucosa (boca e nariz), púrpura palpável, urticária, eritema polimorfo, eritema palmo-plantar, pequenos infartos digitais, livedo reticular, nódulos, lúpus discóide e lesões bolhosas. O eritema malar em asa de borboleta, apesar de altamente sugestivo de LES, não é específico, podendo ocorrer em outras condições como reações a drogas, dermatomiosite juvenil, dermatite seborréica e acne rosácea. O eritema desencadeado ou exacerbado pela exposição solar (fotossensibilidade) é encontrado em cerca de 50% dos pacientes, habitualmente localizado em face, braços pescoço e pernas.
No lúpus discóide, as lesões são crônicas e iniciam como placas ou pápulas eritematosas cobertas com escamas aderentes. Com a progressão, as escamas se tornam grossas e podem desenvolver atrofias e cicatrizes, com lesões esbranquiçadas ou escuras. Há uma predileção pelo couro cabeludo, face e orelhas. O lúpus discóide ocorre em 20% dos pacientes com LESJ.
O envolvimento renal (nefrite) no LESJ é precoce, geralmente nos primeiros dois anos da doença, e bastante freqüente ocorrendo em 70 a 100% dos pacientes. As alterações no exame de urina são variadas podendo ocorrer sangramento e/ou perda importante de leucócitos e proteínas (hematúria, leucocitúria ou proteinúria). Os pacientes podem também apresentar hipertensão arterial, inchaço e insuficiência renal. A biópsia renal é indicada nos pacientes com manifestações clínicas da doença renal e/ou alterações laboratoriais persistentes e/ou graves, para individualizar o tipo da nefrite e propor tratamento específico.
Os envolvimentos do sistema nervoso e psiquiátrico ocorrem em até 50% das crianças e adolescentes com LESJ. As manifestações clínicas mais freqüentes são: dor de cabeça de forte intensidade (como enxaqueca), convulsão, distúrbios do comportamento (alucinações, depressão, etc) , raramente derrame (acidente vásculo-cerebral - AVC) e coma.
O comprometimento hematológico (do sangue) no LESJ pode-se manifestar com plaquetopenia (redução das plaquetas), anemia hemolítica (redução por destruição das hemácias), leucopenia (redução dos leucócitos) e linfopenia (redução dos linfócitos). O hemograma com plaquetas, dosagem de reticulócitos e a pesquisa do Coombs são necessários para avaliar este comprometimento. Estas manifestações podem iniciar o LESJ ou se apresentarem durante a evolução da doença. A plaquetopenia pode cursar com sangramentos locais (como sangramento na pele, nariz, boca, etc) ou generalizados e a anemia hemolítica com palidez e icterícia (olhos amarelados). A presença de leucopenia e linfopenia um maior risco de infecções.
A presença de trombose na perna (trombose venosa profunda) ou no sistema nervoso (derrame ou AVC) pode estar também associada com LESJ. Estes pacientes podem apresentar os anticorpos antifosfolípides no sangue (anti-cardiolipina IgM ou IgG e/ou anti-coagulante lúpico). Nestes pacientes, a associação de trombose com a presença de anticorpos anti-fosfolípides caracteriza a síndrome do anticorpo anti-fosfolípide.
O comprometimento dos pulmões no LESJ é geralmente inicial, ocorrendo em até 50% dos pacientes. As manifestações da doença pulmonar lúpica são pleurite (com ou sem líquido na pleura), e raramente pneumonite intersticial, hipertensão pulmonar e hemorragia pulmonar. Pleurite (inflamação da menbrana que recobre o pulmão) e derrame pleural (líquido na pleura) são as manifestações mais comuns do LESJ na infância, com uma freqüência entre 10 e 37%. O comprometimento pleural geralmente é assintomático ou simplesmente um achado radiológico. O derrame pleural é usualmente pequeno e evidenciado em um pulmão, devendo ser excluídas causas infecciosas.
O envolvimento do coração ocorre em até 50% dos casos, sendo a anormalidade mais freqüente a pericardite (inflamação da menbrana que recobre o coração), que ocorre em 12 a 40% dos pacientes. A pericardite é geralmente assintomática. As manifestações clínicas desta incluem: dor no peito que piora com a posição e/ou taquipnéia (respiração rápida) e/ou taquicardia (batedeira).

7. Qual o tratamento do Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil?
Uma boa relação entre médico, paciente e familiares é importante para o sucesso desse tratamento, uma vez que a sua duração é prolongada. Este deve ser sempre individualizado e é fundamental a educação sobre a doença e bons hábitos de vida.
A nutrição deve ser balanceada com restrição de sal para os hipertensos e pacientes em uso de corticosteróides, e restrição de sal e proteína para os pacientes em insuficiência renal. Os esportes e atividades de lazer são indicados sempre que a doença estiver controlada.
O protetor solar que bloqueia os raios ultravioletas A e B (UVA e UVB), com Fator de Proteção Solar (FPS) igual ou superior a 15, deve ser indicado em todos os pacientes e aplicados 30 minutos antes da exposição solar, mesmo em dias nublados, com reaplicação após 4 horas. As lâmpadas fosforescentes, com emissão de UVB, presentes nas residências e escolas, também emitem raios ultravioletas. Os pacientes devem também evitar a exposição solar entre as 10 e 16 horas e se forem à piscina ou praia devem ser estimulados uso de boné, guarda-sol e FPS administrado a cada hora em todo corpo.
Os corticosteróides (como prednisona e prednisolona) e os anti-maláricos são os medicamentos iniciais de escolha para uso em pacientes com LESJ. A prednisona é utilizada na dose inicial de 1 a 2 mg/Kg/dia. Doses altas (1 a 2 mg/Kg/dia) são utilizadas preferencialmente no controle da crise aguda inicial, envolvimento do sistema nervoso, anemia hemolítica e nefrite. Baixas doses de prednisona (menor ou igual a 0,5 mg/Kg/dia) são indicadas no controle da febre, comprometimento da pele, artrite, pericardite e pleurite. Em crianças com impossibilidade de fazer uso da medicação por via oral, poderá utilizar-se corticosteróides injetáveis (hidrocortisona ou metilprednisolona), em dose equivalente a prednisona, por injeção intramuscular ou endovenosa.
Os corticosteróides não devem ser suspensos ou reduzidos sem orientação médica, sob risco de graves complicações. Recomenda-se evitar o uso excessivo de sal e restringir a ingestão de alimentos calóricos. Os efeitos colaterais dos corticosteróides mais freqüentes em crianças com LESJ incluem: face em lua cheia, obesidade, estrias, aumento dos pêlos, infecções, catarata, parada do crescimento, úlcera do estômago, hipertensão arterial e osteoporose. Deve-se suplementar cálcio e vitamina D, reduzindo a osteoporose e as suas complicações a médio e longo prazo.
A pulsoterapia endovenosa com metilprednisolona é utilizada em situações de gravidade no LESJ, tais como: nefrite grave, envolvimento grave do sistema nervoso central ou psiquiátrico, alterações no sangue (plaquetopenia e anemia hemolítica) e hemorragia pulmonar. Os efeitos colaterais mais freqüentes incluem: hipertensão arterial, risco de infecções e manifestações vasomotoras transitórias (como visão embaçada e intensificação do vermelhão na face). Outra indicação da pulsoterapia seria para poupar ou reduzir o uso de doses altas de corticosteróide por via oral.
O tratamento local (da pele) com corticosteróide está indicado no lúpus discóide e lesões vasculíticas no LESJ. Os corticosteróides tópicos não fluorados, como hidrocortisona a 1%, são aplicados 1 a 3 vezes ao dia, diretamente na lesão em média por duas semanas. Acetonide de triamcinolona em forma de pasta dental emoliente (Orabase) pode ser usado nas feridas na boca, nariz e lábio 2 a 3 vezes ao dia.
Os anti-maláricos (difosfato de cloroquina ou sulfato de hidroxicloroquina) devem ser utilizados, preferencialmente, em todos os casos de LESJ. Estes têm mostrado boa resposta no controle da atividade da doença, reduzindo os anticorpos anti-fosfolípides, melhorando também a fotossensibilidade apresentada por esses pacientes, além de funcionar como imunomodulador, auxiliar na redução do colesterol e das doses dos corticosteróides.
Os antiinflamatórios não hormonais são usados no controle das artrites e miosites, particularmente o naproxeno. O Ibuprofeno é um antiinflamatório não hormonal que pode causar reação de hipersensibilidade e meningite asséptica e não deve ser utilizado em pacientes com LESJ.
Outros medicamentos podem ser utilizados no controle dos pacientes com LESJ, habitualmente os que não respondem aos corticosteróides e anti-maláricos, e variam de acordo com o órgão ou sistema envolvido. As medicações mais utilizadas são: pulsoterapia endovenosa com ciclofosfamida, metotrexate, azatioprina, micofenolato mofetil, ciclosporina, talidomida, dapsona, rituximabe (anti-CD20), entre outros. Nos pacientes internados e em situações de gravidade clínica pode-se utilizar a gamaglobulina endovenosa e/ou plasmaferese.
A pulsoterapia endovenosa com ciclofosfamida é realizada em pacientes com LESJ, em enfermarias de leito dia ou internados, habitualmente com sete infusões mensais e manutenção com 10 infusões trimestral (total de 36 meses). Este medicamento é indicado nas nefrites graves (cuja biópsia do rim evidenciou formas proliferativa focal, difusa ou membranosa), envolvimento do sistema nervoso central ou psiquiátrico grave, alterações no sangue (plaquetopenia e anemia hemolítica), hemorragia pulmonar, entre outros. Antes, no momento e após a infusão recomenda-se a ingestão de líquidos. Os efeitos colaterais mais freqüentes incluem: enjôos, vômitos e hipertensão arterial. Outros são raramente vistos, como: cistite hemorrágica (inflamação com sangramento da bexiga), infertilidade e risco de câncer futuro.
O tratamento da síndrome do anticorpo anti-fosfolípide inclui anti-coagulantes (heparina e warfarin) que habitualmente são utilizados por um período muito prolongado ou a vida inteira. O uso de aspirina em doses baixas (3 a 5 mg/Kg/dia) é indicado nos casos com presença dos anticorpos anti-fosfolípides persistentemente sem comprometimento clínico (trombose).
O uso de um ou mais medicamentos implica em um seguimento cuidadoso e periódico, com consultas e exames laboratoriais seriados, com o objetivo de avaliar a inflamação, detectar e tratar possíveis eventos adversos.
Deve-se evitar a aplicação de vacinas de vírus vivos em pacientes em uso de corticosteróides e imunossupressores. Converse sempre com o seu médico antes de administrar vacinas no seu filho. Em caso de suspeita de infecção, o seu médico deve ser sempre consultado imediatamente.

8. Quanto tempo dura o tratamento do Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ)?
É muito variado e depende do órgão ou sistema acometido. Habitualmente, o tratamento continua até o final da adolescência, devendo ser utilizadas doses mínimas ou mesmo a suspensão dos corticosteróides (como a prednisona e prednisolona). No entanto, alguns casos podem apresentar doença crônica com períodos de melhora e piora que persistem até a vida adulta. Nestes pacientes deve ser feita uma transição lenta para o reumatologista de adultos, geralmente entre 17 e 20 anos.
O uso de álcool e fumo deve ser evitado. Muitos adolescentes são “inconformados ou rebeldes” ao tratamento e devem ser conscientizados quanto à importância do uso contínuo de medicamentos pelo risco de óbito na suspensão destes. A responsabilidade, que sempre é dos pais ou responsáveis até os 18 anos de idade, deve ser transferida gradualmente ao paciente de maneira firme e segura.

9. O que pode acontecer se o tratamento para o Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ) for interrompido?
A interrupção do tratamento sem orientação médica pode ter conseqüências sérias e irreversíveis, como piora importante da doença e risco de óbito. Os pais devem checar a ingestão dos medicamentos e conversar com os filhos sobre a doença, reforçando a importância do tratamento, especialmente nos casos de pacientes adolescentes “inconformados ou rebeldes”.

10. Como é a sexualidade e fertilidade dos adolescentes com Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ)?
A sexualidade do homem e mulher e a fertilidade da mulher (capacidade futura de ter filhos) são habitualmente normais. A primeira menstruação (menarca) e a primeira ejaculação (espermarca) nos pacientes com LESJ podem demorar um pouco a aparecer, mas elas vêm normalmente entre 12 e 15 anos.
Atividade sexual deve ser sempre realizada com preservativos (camisinha masculina ou feminina), em todas as relações. Os preservativos evitam a gravidez e as doenças sexualmente transmissíveis (como a AIDS, gonorréia, sífilis, cancro, etc). Lembrar sempre de checar a validade da camisinha, usar adequadamente no pênis ereto e cada camisinha em uma única vez. Nas jovens que mantém atividades sexuais freqüentes deve ser utilizado o anticoncepcional com progesterona. Este deve ser sempre orientado por seu reumatologista pediátrico e/ou ginecologista.

11. Como é a evolução dos pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico Juvenil (LESJ)?
Com o diagnóstico precoce e uma abordagem terapêutica mais eficiente, a evolução do paciente com LESJ melhorou muito e as crianças estão se tornando adolescentes e adultos com boa qualidade de vida física e mental.
Sentimentos como tristeza, mágoa, culpa e raiva são freqüentes nas crianças e adoslecentes com LESJ. O diálogo com o médico permite que pacientes e familiares expressem seus sentimentos e medos em relação à doença e aos medicamentos utilizados. Em casos de angústias maiores pode ser necessário acomapnhamento com psicólogo ou psiquitra.
Hoje, um paciente com LESJ tratdo adequadamente tem grande possíbidade de se tornar um adulto portador de uma doença crônica controlada. Como todo ser humano, este precisará ser estimulado a estudar, ter sua futura profissão e constituir sua própria família.

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O GRUPAR-RP - Grupo de Apoio ao Paciente Reumático de Ribeirão Preto é uma entidade sem fins lucrativos, fundada por pessoas portadoras dos mais diversos tipos de doenças reumáticas e apoiada por médicos reumatologistas da cidade e das faculdades de medicina de Ribeirão Preto.

O Grupar-RP tem por núcleo o Grupo EncontrAR e juntos realizam o Projeto Blogueiros da Saúde.

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